quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um Universo Constituído de Informação







Amigo leitor, tema interessante esse não? Um universo constituído de informação. Óbvio demais para alguns, espanto quem sabe para outros, como saber quais as diferentes concepções pessoais, não é verdade?




Sabe meu caro, sempre pensei muito no universo, nos universos melhor... é, já estão falando em mais deles, infinitos universos, é a chamada Teoria M ou multiverso. Um multiverso com 11 dimensões, uma natureza sem limites, com criatividade infinita.



Bom, mas a minha temática é outra. Já cogitou que tudo ao seu redor é constituído por informação? 





Antes da vida surgir em nosso planeta a informação já existia, embora só ficamos sabendo dela com a emergência de nossa espécie, que ao longo de séculos de construção de diferentes conhecimentos foi desenvolvendo mecanismos de interpretação dessa informação que o universo nos legou, uma biblioteca de dados infinita.



Graças ao trabalho de grande sábios ao longo de toda história, ferramentas de interpretação dessa biblioteca universal foram criadas e segmentadas nas chamadas ciências básicas: física, matemática, química e biologia.


A química permitiu conhecer os elementos constituintes da biblioteca e organizá-los de forma harmônica na chamada tabela periódica. Lá estão dispostos todos os elementos que constituem tudo no universo conhecido, desde um simples grão de areia, um ser humano e até mesmo uma estrela.



Nosso universo possui outra característica notável, ele pode ser descrito por números, quantificado das mais diferentes formas, sejam elas algébricas, geométricas, estatísticas e é possível ainda formular leis e equações que permitem algo espantoso como uma viagem espacial ou atingir um cometa em pleno movimento.



Não considera isso notável leitor? Um universo que possui leis que não foram escritas em nenhum papel ou carta magna. Esse códigos secretos são sua parte integrante. 

O universo é literalmente um gigantesco livro sem letras.


A matemática, essa ciência do medir e quantificar foi importantíssima para entender o nosso universo e todas as ciências que se associam a ela são chamadas  com toda razão de ciências exatas, pois expressam o que mais próximo se chegaria da verdade absoluta, o que de fato não existe em ciência.


Tudo bem, mencionei física, matemática e química de uma forma superficial, mas   satisfatória ao que proponho. E quanto a biologia? Essa é outra grande ciência que nos dá uma ferramenta incrível, a capacidade de ler o livro da vida.


Antes que a vida surgisse em nosso planeta há cerca de 3,8 bilhões de anos (evento pouco recente na história de nosso universo, que se acredita possuir 13,7 bilhões de anos), a informação da biblioteca universal vagava dispersa, nosso universo não sabia “escrever” ainda.



Mas quando meus queridos ele se tornou letrado?

Sabe, talvez nosso planeta seja raríssimo em nossa galáxia, ou quem sabe no universo, é a chamada hipótese da Terra Rara. Eu explico melhor: para que a vida como a conhecemos se desenvolvesse são necessários um conjunto de condições muito peculiares e incomuns, tais como:  um planeta que tenha dimensões semelhantes ao nosso, distância adequada em relação a sua estrela e um  escudo  gigante como Júpiter, que o guarneça de impactos de meteoros, asteróides e cometas.



Opa, opa, que é isso companheiro?... Não fique irado leitor! Tudo bem, mas e o universo analfabeto?


Com a advento da vida há 3,8 bilhões de anos, nosso universo passou a escrever, sua informação agora poderia ser perpetuada indefinidamente e as moléculas precursoras dessa informação foram chamadas de RNA ou ácido ribonucléico. As bactérias detentoras dessas moléculas foram as primeiras formas de vida, nosso universo estava aprendendo a escrever, escrever a si mesmo.




Achou legal amigão? Mas não foi só isso, nosso universo havia aprendido a escrever sim, mas com lápis.

As informações apagavam e eram reescritas com freqüência impressionante, mas isso foi muito bom, o RNA era uma molécula pouco estável, estava muito sujeita a mudar, tal como um boateiro que vai espalhando uma história e ela vai mudando com o passar do tempo, até possivelmente tornar-se completamente diferente da original. Com os primórdios da vida ocorreu a mesma coisa e isso foi essencial para dar impulso a diversidade biológica.


Mas o nosso universo queria mais. Ele desejava saber escrever com caneta, com tinta mais durável. E conseguiu isso através de outra molécula, o DNA, ácido dexoxiribonucléico. A tinta desta caneta não se apagava tão facilmente e diferentes espécies puderam manter sua integridade física por mais tempo, embora sempre estivessem sujeitas a mudar, era a vontade do universo, mudar indefinidamente.


Imagine caro amigo, se a vida, essa fonte máxima de ordem que emergiu de um universo aparentemente caótico, não pudesse mudar, adaptar-se ao seu meio, será que estaríamos aqui pra contar essa história?

Nosso planeta sofreu muitos desastres colossais desde que a vida surgiu e ela mostrou uma tenacidade incrível graças ao seu poder de mudança e adaptação às condições ambientais.







E sabe o que mais? Acredita-se que 99,99% de toda vida que já existiu em nosso planeta foi extinta por causas naturais, mas a vida sempre continuou.


É, o desejo do universo de continuar escrevendo é enorme e o maravilhoso dessa história  é que cada espécie criada pela natureza guarda semelhança estrutural (genética) entre si, apontando pra uma unidade comum.



Com o passar de milhões e milhões de anos, a informação vital foi se tornando cada vez mais complexa, até culminar em seres autoconscientes que se auto-intitularam Homo sapiens, e o universo pode olhar pra si mesmo e buscar compreender como tudo começou.





Nós somos o universo, ele tomou autoconsciência através de nós. E sabe o que  eu considero mais incrível nisso tudo meu amigo?  


"Nossa história (ontogenia) individual recapitula de certa forma aquilo que foi a história natural de toda a vida no planeta".




Está tudo em nós caro leitor, nossa vida começa de uma única célula invisível a olho nu, tal como no passado evolutivo, mas não um célula qualquer, ela é totipotente, pois todo nosso ser está nela, o universo em uma única célula, pense nisso!

 
Zigoto

 

Artigo criado e redigido por Marcelo S Araujo

         
Nota: 

 Amigo leitor! É importante lembrar que do ponto de vista científico e evolutivo nosso universo obedece as leis do acaso, não possuindo qualquer vontade ou desejo. O autor deste artigo usou-se de linguagem figurativa a fim de ilustrar sua visão apaixonada pela natureza.
         

domingo, 29 de maio de 2011

Um universo caótico, mas com entrelinhas de compaixão







A ciência possui uma nobre tarefa, através de suas diferentes especialidades, entender o funcionamento da natureza. Um megatrababalho que acompanha toda nossa história desde o aparecimento do Homo sapiens em nosso planeta, único animal capaz de fazer tal análise.




Desde a descoberta do fogo, a invenção de diferentes instrumentos, a domesticação de animais, o desenvolvimento da agricultura e o conhecimento de plantas. Toda descoberta e inventividade humana é fruto do conhecimento natural. Portanto a ciência, palavra que etimologicamente significa conhecimento foi objetivo primeiro de nossa espécie e razão de seu sucesso evolutivo.





A divisão cartesiana em diferentes áreas do conhecimento se fez necessária e continua ainda mais importante nos dias de hoje, pois a gama de conhecimentos adquirida ao longo de séculos de estudos é vastíssima e foi a essa especialização que permitiu o avanço do conhecimento.

No entanto a especialização afasta o observador da visão holística do mundo natural  e para um entendimento real da natureza o holismo é imprescindível, afinal física, matemática, biologia e química são um todo indivisível.

"O mundo natural não liga para o nosso entendimento a respeito dele", se dividimos para entendê-lo melhor ou não. O fato é que ele opera como um todo e por isso precisamos enxergá-lo como realmente é.

Várias idéias sobre essa percepção foram surgindo na história recente da ciência,  as mais expressivas  advém da  teoria ecológica, que conecta toda a vida entre si com o meio; a Teoria Geral dos Sistemas, que deu impulso sistemático a uma amplidão de diferentes especialidades; a Teoria do Big Bang e seu significado de unidade, assim como múltiplos aspectos da chamada nova física.




James Lovelock

Fritjof Capra





 

Podemos citar obras como a Teia da Vida (Capra), A Totalidade e a Ordem Implicada (David Bohn) e a Teoria de Gaia (Lovelock), todas explorando cada qual em sua área a visão sistêmica e quem sabe com isso tenham se aproximado mais fielmente do que seria uma real visão da natureza.




Esse entendimento aponta para interconexão de tuto e de todas as coisas em um ponto inicial no início de nosso universo.

É um conhecimento com um significado profundo sobre o nosso papel no universo, assim como de todas as demais criaturas vivas. Essa ligação é o que mais se aproxima do significado religioso, místico, que vem sendo passado em diferentes tradições religiosas sobre irmandade e unidade,  que são características inerentes a tudo no universo e em decorrência delas uma necessária compaixão.





 
Compaixão?!! Sim, nas entrelinhas deste nosso universo caótico, com estrelas explodindo, buracos negros engolindo tudo ao seu redor, meteoros e cometas vagando por aí e colidindo com quem atravessar seu caminho, a natureza parece deixar claro o que ela pede de suas criaturas: ora, se na sua gênese está a unidade, então "sejam compassivos meus filhos".








Obervação

Caro amigo leitor, nosso universo do ponto de vista científico não possui vontades, direção, sentimentos ou qualquer tipo de consciência, mas a vida como parte integrante do universo possui sim consciência e altruísmo. 

Nós humanos como espécie auto-consciente podemos conjecturar acerca de nosso papel no universo da maneira como melhor nos aprouver. Nesta postagem abordo a minha visão particular a cerca da vida e do nosso papel no universo. 

Todos possuímos diferentes conjecturas e essa é a beleza do livre pensar.



Artigo criado e redigido por Marcelo S Araújo

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mentes Brilhantes e Vidas Altamente Curiosas








                       Olá amigo leitor!


Sentado aí em frente ao seu maravilhoso PC e viajando por esse cyberspaço com tantas coisas boas e tantas outras descartáveis, remeto ao link acima, é uma matéria interessantíssima da Revista Cultura sobre a vida de grandes cientistas, esses senhores de bizarrices e excentricidades marcantes, que vivem em um mundo próprio e que por isso mantem-se alheios a fatos e acontecimentos de seu cotidiano familiar, esquecendo-se de coisas que para seus queridos seria de suma importância, mas que devido a sua natureza instrospectiva torna-se tarefa última... Saibam no entanto, que é graças as suas descobertas  incríveis e a esse estranho poder de  mergulhar num universo particular, que o tempo avança anos luz... são seres especiais que enxergam o que  não podemos ver...


                 Minhas saudações!


               Celo